A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal. Para um diagnóstico em adultos é usado, para parametrização, o Índice de massa corporal (IMC). A OMS (organização mundial da saúde) diz que, para um indivíduo ser considerado obeso, o IMC deve estar acima de 30 (calcula-se dividindo o peso pela altura ao quadrado).
Hoje no Brasil temos aproximadamente 18 milhões de pessoas consideradas obesas. Esse número dobrou nas últimas três décadas.
Para alguns estudiosos, a obesidade tem causas multifatoriais e é resultado da interação deles, tais como:
Genética
Metabolismo
Sociais
Comportamentais
Culturais
Abuso na ingestão calórica
Sedentarismo
E quando isso se torna um problema psicológico e não somente físico e estético?
Infelizmente a sociedade ainda encara o indivíduo obeso como uma pessoa sem força de vontade e desmotivado. E aí onde o sofrimento psicológico pode se instaurar, acarretando inclusive em dificuldades nas relações sociais dessa pessoa.
A terapia ajuda, pois, dentro da abordagem comportamental que eu sigo, entendemos o homem a partir da sua interação com o seu ambiente (físico, social, cultural). Entendemos que os comportamentos são “selecionados” por suas consequências, e para que haja mudança desses comportamentos, é necessária mudança na relação do indivíduo com o seu ambiente.
A terapia entra para auxiliar a pessoa a perceber como alguns comportamentos se instauraram na sua vida e quais são as variáveis que o mantém.
Com isso, a pessoa pode entender a função do comportamento de comer para ela, e se necessária, iniciar a mudança no comportamento de comer.
Em caso de tratamento de indivíduos obesos é muito importante um trabalho multidisciplinar, com médicos endocrinologistas, psicólogos, nutricionistas, etc.
Celina Seixas
CRP: 06/79398